terça-feira, 11 de junho de 2013

Depoimento de leitura e escrita

Depoimento de leitura e escrita


Minha experiência compreende de longa data a minha memória de leitura, quando minha primeira lembrança é da minha mãe lendo pra mim uma coleção de livros de capa grossa que havia ganhado do meu pai: A pequena Sereia, O Sal, O cavaleiro valente. Como é gostoso lembrar! Eu deitada na cama da minha mãe enquanto ela lia... Quando comecei a ler, adorava os contos de fadas, era como se eu estivesse dentro da história! Um livro que guardo profundamente na memória é "Rosinha, minha canoa". Sinto ainda a emoção ao ler aquelas páginas... Já adolescente li todos os livros da série Vagalume, não me esqueço: "O caso da borboleta Atíria", "Um cadáver ouve rádio". Chorei muito quando li "A marca de uma lágrima" de Pedro Bandeira. Hoje sinto saudades do tempo em que passava lendo... Ás vezes minha mãe falava "Sai um pouco desse quarto, você não colocou a cara pra fora o dia inteiro!" Mas ela não imaginava que eu já tinha viajado para vários lugares.
O professor deve ser visto como parceiro do aluno em todo o processo de aprendizagem. Ele se caracteriza como privilegiado no ato de selecionar textos para o educando. E deve ser cauteloso fazendo observações e análises, oferecendo alternativas, colaborando para o incentivo a leitura, ao invés de reprimir. Focando a importância de se manter uma relação entre leitura e conhecimento da língua, faz necessário que a escola e o professor como orientadores se tornem participantes ativos dessa corrente de pensamento.
Cabe, neste caso, ao professor, criar estratégias diferentes e interessantes de leitura, entender o estágio em que o aluno se encontra de modo a não exigir o impossível quanto ao seu grau de maturidade e conhecimento adquirido em leitura. Ler é familiarizar-se com a variedade de textos produzidos em diferentes práticas sociais, tais como: notícias, crônicas, piadas, poemas, artigos científicos, ensaios, reportagens, propagandas, informações, charges, romances, contos, etc, percebendo em cada texto a presença de um sujeito, de um interesse, cabendo ao professor compartilhar a experiência da interação entre a obra e o leitor, como sujeito ativo capaz de refletir sobre o que leu, emitir juízo e, principalmente ampliar seus horizontes de expectativa em relação à obra lida.
Leciono para alunos dos 6º anos e um projeto que sempre trabalho e meus alunos adoram: é o “Projeto Monteiro Lobato”. Começo o trabalho, com uma sensibilização, através da exibição de um episódio do Sítio do Picapau Amarelo: “Narizinho no Reino das Águas Claras” e músicas do CD “Sítio do Picapau Amarelo”. Depois coloco à disposição da classe, as obras do autor (a biblioteca da minha escola tem muitos exemplares). Começamos a leitura em sala de aula e depois os alunos terminam de ler em casa. Determino um período de leitura (entre 7 a 15 dias) e após o término desse período, em sala de aula, fazemos a socialização das histórias (os alunos contam as histórias, se gostaram, trabalhamos os elementos da narrativa, se indicam o livro aos colegas, etc.). Por último, peço que produzam uma história para as personagens do sítio, uma nova aventura. Meu objetivo neste projeto é incentivar o gosto pela leitura, desenvolver a competência discursiva dos alunos e a sua criatividade. -- Sandra.

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